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Marketing de Verdade: Autenticidade e Ética no Digital
Postado em: 12 de agosto de 2025 | Categorias: Dicas

Marketing de Verdade: Autenticidade e Ética no Digital

Hoje quero falar de coração aberto sobre algo que tem me incomodado muito. É algo que não afeta só meu trabalho, mas também a integridade de um mercado que eu amo e respeito. Quero conversar sobre marketing, não aquele marketing digital superficial que virou moda, mas sobre o marketing como uma ciência, uma prática ética e autêntica. Quero mostrar o que acontece quando essa base é ignorada e substituída por cópias sem alma.

Marketing, no seu sentido mais profundo, é uma ciência que foi construída ao longo de décadas, apoiada em estudos que envolvem desde o comportamento humano até a psicologia social. É entender desejos, motivações, emoções, necessidades e a maneira como as pessoas tomam decisões. Esse campo exige respeito, dedicação e muita reflexão, para que cada estratégia faça sentido, gere conexão e crie valor.

Hoje, infelizmente, o que se vê no marketing digital está muito longe disso. Com o avanço das ferramentas gráficas e a facilidade de publicar conteúdo, o marketing virou um bico para quem sabe mexer no Canva. Ele se transformou em uma colagem enorme de ideias, bordões e posicionamentos copiados, uma reprodução mecânica de frases retiradas do contexto original, que perdem o sentido quando repetidas sem cuidado.

Eu entendo e tenho empatia por quem está começando ou busca se posicionar. Referências são essenciais, ninguém cria do nada. Mas a linha entre inspiração e cópia é sagrada e precisa ser respeitada. Quando alguém replica o conteúdo de outra pessoa, sem acrescentar seu olhar, seu sentimento, sua voz, acaba entregando um produto vazio, que não gera conexões verdadeiras.

Eu trabalho no mercado imobiliário de alto padrão. Nesse ramo, confiança, credibilidade e exclusividade não são apenas detalhes, são os pilares que sustentam todo o meu trabalho. Por isso, ver pessoas tentando se apropriar do que construí, copiando meu jeito, minhas palavras e meu posicionamento, causa em mim uma dor profunda e um forte sentimento de injustiça.

Até os looks e as poses dos meus ensaios fotográficos são copiados, o que é inacreditável, considerando o quão pessoais esses detalhes são. Muitas vezes, publico algo com muito cuidado e, em menos de duas horas, alguém aparece tentando reproduzir aquilo de forma tosca, sem o mesmo conhecimento ou dedicação, só para ganhar visibilidade rápida. Isso vai além do desrespeito comigo, é uma afronta direta à ética profissional e à transparência que o cliente merece.

Tento bloquear esses perfis falsos que surgem para explorar o trabalho e a imagem alheia, mas é uma luta quase impossível. Eles aparecem de todos os lados, em volume tão grande que acaba cansando e desgastando demais. Esse cenário constante de cópias e perfis falsos tornou o ambiente muito tóxico para mim.

Por isso, decidi trabalhar mais no off, longe desse barulho incessante. Também optei por preservar minha imagem pessoal nas redes sociais e separar claramente minha vida profissional das relações pessoais. Senti que essa energia negativa, esse traço tóxico vindo da exploração alheia, poderia contaminar minhas conexões mais verdadeiras. Então, preferi me distanciar para manter minha saúde mental, minha autenticidade e o foco no que realmente importa.

Essa escolha não é fácil e, para muitos, pode até parecer contra intuitiva no mundo hiperconectado de hoje. Mas, para mim, é um ato de cuidado, de respeito comigo mesma e com meus clientes.

Essa cultura de copiar e replicar o que está dando certo é também fruto de um momento social delicado. Vivemos numa era de exposição constante, em que a pressão para se mostrar é enorme. A busca pelo sucesso rápido e pela influência fácil cria um terreno fértil para a imitação sem reflexão.

Mas a imitação não sustenta nada a longo prazo. Personagem não aguenta a pressão da realidade. A verdade sempre aparece, cedo ou tarde, e quando isso acontece, a confiança vai embora e, junto com ela, o respeito e a credibilidade.

Seja você alguém que está começando ou que já tem seu espaço conquistado, o convite mais sincero que faço é olhar para dentro. Reconheça o poder da sua própria história, celebre a singularidade que só você possui e valorize a força do seu jeito único de se comunicar. O autoconhecimento é a base para construir uma autoridade verdadeira, aquela que vem da essência e não de uma fachada criada para impressionar.

Essa é a única maneira de traçar um caminho sólido e duradouro, que resista às mudanças e às pressões do mercado. O que o mercado realmente precisa e o que o cliente verdadeiramente merece é transparência, ética e autenticidade. Não há fórmula mágica nem atalhos que substituam a honestidade no relacionamento e a coragem de ser fiel a quem você é.

Cada um de nós tem a responsabilidade de agir com integridade. Não podemos mais aceitar que copiar conteúdos ou personalidades seja visto como algo normal ou uma estratégia válida. É preciso ter coragem para ser diferente, para ser original, para honrar a própria identidade. No meu trabalho, proteger meu nome e minha marca é uma forma de preservar essa integridade, mesmo sabendo que isso pode incomodar quem prefere o caminho da cópia fácil. No fim das contas, o marketing de verdade é uma ciência que respeita o ser humano, valoriza a ética e acredita no poder da autenticidade. Se você quer realmente se destacar, não busque atalhos. O caminho é desafiador, mas é honesto — e honestidade ninguém rouba.

No final, o que me incomoda é o mesmo que me traz alento e confiança: o mercado sempre seleciona.

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